Ruínas – Peter Kuper

Sinopse oficial: Samantha e George formam o casal que vai passar um ano de sabático na pitoresca cidade de Oaxaca, no México. Para Samantha, é uma oportunidade de reviver o passado. Para George, é um passo temerário a mundo desconhecido. Para ambos, será a rota de colisão com fatos políticos e pessoais que vai mexer com suas jornadas na vida e com a cidade de Oaxaca para sempre. Em paralelo, a notável e árdua jornada que uma borboleta monarca enfrenta na migração do Canadá ao México. As histórias entrelaçadas são um retrato simultâneo dos desafios para se sobreviver em um mundo que está sempre mudando. Ruínas trata das sombras e luz no México a partir de seu passado e presente, da perspectiva de diversos personagens. O real e o surreal misturam-se para pintar um retrato inesquecível da vida mexicana.

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Em suma, esta é uma história um tanto amarga de um casal americano viajando de Manhattan para Oaxaca, no México em um ano sabático. Samantha espera retocar seu espanhol, trabalhar em um livro sobre histórias e lendas mexicanas e, finalmente, engravidar. George, recentemente demitido de seu trabalho como entomologista no Museu de História Natural, está encantado com a vida de invertebrados de Oaxaca – formigas cortadeiras, gafanhotos comestíveis e um escorpião pesky, mas não tão convencido de ter um bebê; certamente o mundo está muito confuso para se ter uma criança, certo?

Esta é uma obra que você lê de uma vez, mas digere aos poucos. Há muito conteúdo ali, tanto científico, fruto do sempre competente trabalho de pesquisa que Peter Kuper faz, quanto ficcional, espelhando uma realidade próxima do grande público e ao mesmo tempo, única. É o típico quadrinho que informa e entretê, seja falando sobre insetos, seja descrevendo aquela região do México. Os paralelos traçados entre as vidas dos protagonistas e a viagem da borboleta monarca, por exemplo, se entrelaçam por toda edição e ao final fazem todo sentido. Os personagens secundários tem seus próprios arcos, muito bem amarrados.

Oaxaca de Juaréz é a capital do Estado de Oaxaca, no México, localizado na região sudeste do país. Em uma área montanhosa, a cidade está a 1500 metros acima do nível do mar, aos pés do Monte Albán. A região é conhecida internacionalmente por sua população indígena, cuja cultura foi preservada graças ao terreno acidentado que a circunda, que torna difícil a locomoção por vias terrestres. Os principais povos indígenas de Oaxaca são das etnias Zapoteca e Mixteca, mas há pelo menos mais 14 grupos oficiais.As principais atrações turísticas de Oaxaca estão também relacionadas aos indígenas. São elas as ruínas do Monte Albán e de Mitla, sitios arqueológicos construidos pelos Zapotecas. Localizados nos vales centrais da região, são imperdíveis para quem quer conhecer a história do México pré-colombiano.Para além da história, a natureza também é exuberante em Oaxaca. As praias de Puerto Escondido, Zipolite e Mazunte atraem turistas durante todo o ano. Já a fauna e flora locais fizeram a região ser eleita a terceira com maior biodiversidade em número de plantas e animais no México. 

Os 5 melhores motivos para visitar Oaxaca

  1. As Ruínas do Monte Albán

Este patrimônio mundial da UNESCO foi capital do Império Zapoteca por pelo menos 1000 anos, e é considerado vestígio de uma das primeiras cidade da América Central.

  1. Mitla e o templo dos mortos

Se o Monte Albán foi o importante para a política dos Zapotecas, Mitla é onde ocorriam as celebrações religiosas daquele povo, sendo considerada pelos próprios indígenas o sítio arqueológico mais importante.

  1. A cultura local

Visite o Museu das Culturas de Oaxaca, dedicado à história e à cultura das populações indígenas. Depois, converse com as pessoas nas ruas e descubra como essa cultura ainda está na presente na vida das pessoas.

  1. O Festival Guelaguetza

Durante o Festival de Guelaguetza, realizado em Julho, os descendentes das culturas indígenas locais exibem aspectos de sua herança e rituais.

  1. Herança Católica

Os Espanhóis se esforçaram em promover o catolicismo entre os indígenas e, para isso, construíram diversas igrejas na cidade e na região. A maioria vale uma visita.

Leitura obrigatória par ao fã de boas histórias, aliado a arte inconfundível do autor de Spy vs Spy, tão conhecido no Brasil nos rodapés da Revista MAD.

Peter Kuper é ilustrador e quadrinista. Seus desenhos já foram publicados e jornais e revistas ao redor do mundo, incluindo a revista “Mad”, na qual ele escreve e desenha “Spy vs. Spy” desde 1997. Ele é cofundador da revista em quadrinhos “World War 3 Illustrated” e já produziu mais dez graphic novels, incluindo “O Sistema”, “Sticks and Stones” e uma adaptação de “A Metamorfose”, de Frank Kafka.

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“Ruínas” venceu o Eisne Arward (principal prêmio norte-americano de quadrinhos) de 2016 como melhor álbum e foi lançada no Brasil pela Jupati Books, selo de HQs da Marsupial Editora. Kuper dá aulas sobre quadrinhos há 25 anos na School of Visual Arts, em Nova Iorque, e é professor visitante da Universidade de Harvard.

Link para compra: https://www.amazon.com.br/Ru%C3%ADnas-Peter-Kuper/dp/8568156339
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Formato: 19 x 26 cm
Páginas: 328
Editora: Jupati Books

Fabio Camatari Escrito por:

Dinheiro não traz felicidade... mas compra quadrinhos, que é quase a mesma coisa!