Neste mês de setembro recebemos o segundo exemplar que finaliza a mini-série São Jorge, publicada pela Panini, com arte e roteiro de Danilo Beyruth (o mesmo de Bando de Dois, Astronauta – Magnetar)!
Em abril deste ano, quando foi lançada sua primeira parte, confessamos, tivemos algumas críticas a respeito da obra, mas aguardamos sua conclusão para fechar a opinião…
O número 1 trazia a introdução de Jorge, antes de sua santidade, apresentando um cenário político e social da época transitória no império romano, onde religião e política eram forças contra pendentes na balança da história da época. Jorge , o soldado leal, incumbido de enfrentar inimigos em campo, entraria numa jornada de resgate, onde enfrentaria uma fera muito temida em determinada região. Único a sair vivo deste confronto, sua vida estaria prestes a mudar radicalmente.
Desta primeira etapa, a impressão que tivemos foi de que uma história de grande potencial estava sendo contada a toque de caixa, com uma arte em certos pontos apressada. Quase nada foi dito de seu lançamento.
Já o número 2 foi muito redentor. O complemento da obra, cinco meses depois, mostra que era necessário mais tempo. Não sabemos se pressionado por prazos, a primeira edição saiu prematuramente. Fosse um encadernado único com mais tempo de produção e o conjunto seria muito mais épico, pois tem potencial para isso. Esta edição traz o confronto final entre Jorge e o “Dragão” e seu retorno para casa, onde é posta à prova sua fé, assim como seus princípios morais e éticos. Ele não foi dobrado e por isso, morreu (spoilers de fatos históricos, não são spoilers, certo?).
Vale muito a pena ter esta mini-série em sua estante, pois trata com uma visão “mundana” um dos principais personagens religiosos do Brasil.
Mais tempo para produção e teríamos nosso próprio “300 de Esparta”.