Em vinte e quatro horas, tivemos as finais dos dois últimos “reality shows” em voga na TV brasileira. Domingo chegou ao seu final “No Limite 4“, pela rede Globo. Nesta segunda, conhecemos a ganhadora do processo de seleção para 8° elemento no CQC da Band.
Ok, não foram lá grandes exemplos de reality shows líderes de audiência, mas movimentaram a TV esta semana.
Nenhum dos dois concursos mudou sua vida, mas destaco alguns pontos interessantes e lições que podemos tirar das duas atrações, apesar de serem distintas em sua concepção:
– Mulheres podem ser mais resistentes que os homens em condições adversas. Fato.
– Mulheres se organizam melhor em busca de resultados, agindo coletivamente melhor.
– Elas podem ser mais engraçadas, sarcásticas e sagazes, quando querem.
– Shows “reais” como estes não precisam ser examente “democráticos” e contar com aprovação do voto público.
– Não adianta reclamar de “edições tendenciosas” se quem escolhe o ganhador não é você.
– Nesta mesma linha, chega ao fim o estereótipo do “perseguido”, que sempre cai nas graças do telespectador.
– 500 mil reais garantem uma celebridade instantânea e conforto. Tudo a curto prazo
– Um trabalho no programa de maior destaque crítico dos últimos tempos traz notoriedade, possibilidade de construção de uma carreira. Tudo a longo prazo.
– Os participantes de “No Limite” deveriam se vestir como personagens de “Lost”, e não como integrantes da banheira do Gugu…
– No Limite trouxe provas de resistência, de resultados previsíveis muitas vezes.
– 8° CQC colocou o candidatos nas ruas para mostrarem do que realmente são capazes, com resultados imprevisíveis.
– Corpos esculturais expostos contuinuamente, rendem capas da revistas sensuais invariavelmente.
– Humor e inteligência exigidos continuamente, rendem pérolas critivas e frutos duradouros, invariavelmente.
– Mônica Iozzi “…é uma folha em branco a ser preenchida, que pode ser muitas coisas. Nós e ela vamos descobrir quais são suas principais características, como ela vai se encaixar no programa”, aponta Marcelo Tas. Ganhou trabalho.
– Luciana Luiza de Araújo: “Quero realizar duas coisas: a aquisição de um imóvel e uma viagem com meu marido, pai e mãe para matar a saudade de todos”, comenta a bombeira. Ganhou férias.
– Foi provado que existe humor além do stand-up…
– Daqui 4 semanas, de quem você vai se lembrar? Aliás, isso importa? Sim! Testar os limites de resistência humana é desafiador desde sempre, mas muito mais útil hoje é reforçar o exército de sagazes questionadores da ordem pública!
– No Limite teve um prêmio quase duas vezes maior e audiência duas vezes menor.
– O IBOPE deveria medir RELEVÂNCIA, não mais AUDIÊNCIA. A qualidade da TV seria outra.
Mônica Iozzi, parabéns e aproveite esta chance de ouro. Luciana Araújo, use o prêmio com inteligência e faça-o multiplicar.