Em 1961, Brian Epstein, 27 anos de idade, entrou em um porão úmido de Liverpool para ver uma banda de rock desconhecida tocar – e nosso mundo mudou para sempre. O Quinto Beatle é a história real e nunca contada de Epstein, um conto sobre um visionário genuíno que descobriu, empresariou e guiou os Beatles a um estrelato internacional sem precedentes, reescrevendo as regras da indústria da música pop.
Mas Brian Epstein também foi o outsider por definição, que procurou constantemente por um lugar ao qual pudesse pertencer. Ele ajudou a espalhar a mensagem de amor dos Beatles para o mundo inteiro, mesmo tendo morrido dolorosamente sozinho com a tenra idade de 32 anos, consumido por uma desconcertante ambição e pelas lutas intermináveis – e aparentemente insuportáveis – que vieram com ela. Ao mesmo tempo comovente e edificante, ‘O Quinto Beatle’ não só revela um capítulo importante e desconhecido na história dos Beatles, mas certamente irá inspirar qualquer um que já tenha se atrevido a acreditar em um sonho.
Brian era homossexual o que se tornou público somente tempos depois de sua morte. Sua homossexualidade era conhecida entre os mais próximos, inclusive os Beatles. Devido a uma maior proximidade que ele tinha com John Lennon surgiram rumores que os dois tiveram um breve caso quando em viagem para Espanha em abril de 1963. John em entrevista a Playboy em 1980 negou o caso dizendo que “Isto nunca foi consumado mas nós tivemos um relacionamento muito próximo”.
Pouco após começar a ser empresário dos Beatles, Brian começou a tomar anfetaminas o que era legal naquela época. Para ele era o único meio de manter-se acordado até altas horas durante as exaustivas turnês. Brian se envolveu mais tarde no uso de outras drogas como maconha e LSD.
Antes de sua morte, Brian passou um tempo na clínica Priory tentando se livrar do uso de anfetaminas e de sua insônia. Sua última visita aos estúdios de gravação foi em 23 de agosto. No dia seguinte ele partiu para sua casa no campo em Uckfield (Sussex) para férias bancárias (Bank Holiday na Inglaterra). Chegando em Uckfield, Brian resolveu voltar a Londres.
No dia 27 de agosto de 1967 Brian Epstein foi encontrado morto em seu quarto, aos 32 anos. No laudo, constava “morte acidental” por overdose de Carbitol, um medicamento para a insônia. No dia do falecimento os Beatles estavam em Bangor meditando com o guru Maharishi Mahesh Yogi.
Voltando ao quadrinho, esta é uma das edições que me orgulho de ter em minha coleção. Por abordar música, história e por que não parte biográfica, esta edição primorosa a fase inicial dos Beatles, os relacionamentos e negociações da época, sob o olhar de fora, no caso, Brian.
Realmente é uma grande edição (em qualidade e tamanho mesmo), com arte muito competente, com as aquarelas de Andrew C. Robinson. A edição conta com uma participação do premiado Kyle Baker (de Plastic Man), que ilustra com um traço mais cartunesco e estilizado as bem-humoradas páginas da desastrosa turnê dos Beatles pelas Filipinas, em 1966.
Além de ter permanecido quatro semanas consecutivas na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times, O Quinto Beatle recebeu em 2014 duas indicações ao Eisner Awards, nas categorias de Melhor Trabalho Baseado na Vida Real e Melhor Pintor/Artista Multimídia, para Andrew C. Robinson.
Sim, é uma leitura obrigatória se você curte música ou quadrinhos, ou ambos!
Para ajudar na ambientação, compartilho com vocês a playlist dos Beatles no Spotify. A experiência fica ímpar!
https://play.spotify.com/artist/3WrFJ7ztbogyGnTHbHJFl2
Autores: Vivek J. Tiwary (roteiro), Andrew C. Robinson e Kyle Baker (arte) – Originalmente em The fifth Beatle – The Brian Epstein story (tradução de Delfin).
Ano: 2014
Editora: ALEPH
I.S.B.N. 9788576571643
ALTURA 21.00 cm
LARGURA 21.00 cm
PROFUNDIDADE 1.00 cm
NÚMERO DE PÁGINAS 168
ACABAMENTO Brochura