Mister No – Panini – Masiero & Avallone

Sinopse Oficial: O que teria acontecido se o anti-herói criado pela fantasia de Guido Nolitta (Sergio Bonelli) tivesse nascido 25 anos depois do que aponta a sua biografia oficial? Ele teria sido um garoto na América do início dos anos 1960, tentando entender o que fazer quando crescer, descobrindo o amor, levantando e caindo, aprendendo a voar. Ele teria sido um veterano de guerra na São Francisco de 1968, interseção de utopias e reivindicações, buscando encontrar seu caminho, enquanto em torno dele o mundo inteiro parecia berrar o desejo de uma nova liberdade. Ele poderia não ter feito a revolução, mas teria vivido cada instante dela na própria pele.

O Mister No publicado pela Panini não é exatamente o mesmo criado por Bonelli.

Em 2019 a Panini surpreendeu a todos e trouxe Vietnã. Uma origem de Mister No recriada por Michele Masiero, que se passa na década de 1960. Ao invés de Mister No ser um veterano da Segunda Guerra Mundial, aqui ele luta na Guerra do Vietnã, onde mostra todas as atrocidades da guerra e como era sua vida neste período conturbado da história.

Em Mister No – Califórnia: Com roteiro de Michele Masiero, arte de Alessio Avalone, de volta aos EUA depois de suas trágicas experiências na Guerra do Vietnã, Mister No está vivendo o final da década de 1960 em São Francisco encontrando novos interesses amorosos e velhos amigos. Porém a vida de veterano não é fácil e Mister No tenta criar um novo modo de viver para si; mas ao ser usado, as consequências não serão fáceis de suportar. Como em “Vietnã”, a história é contada em duas linhas temporais, a do presente e acontecimentos do passado de Mister No e nesta edição vemos como era a relação com o pai dele e seu primeiro contato com a aviação.

E no terceiro e último volume, com 160 páginas, Mister No – Amazônia, com roteiro de Michele Masiero, arte de Alessio Avalone, Matteo Cremona e Emiliano Mammucari, Mister No partiu à procura de um lugar distante, para fugir de seus traumas e escolheu a Amazônia. Em Manaus, busca trabalho em um país que está olhando para o futuro e governado com mão de ferro. A trama se desenrola focando na relação dele com uma mulher loira norte-americana e seus encontros com caras durões, defensores da paz e jovens arruaceiros. Mas acima de tudo, pessoas que estavam seguindo seus sonhos.

Originalmente, Mister No é o apelido de Jerome Drake Junior (Jerry Drake), um ex-soldado que serviu no exército dos Estados Unidos. Após a Segunda Guerra Mundial, Mister No mudou-se para Manaus, no meio da Floresta Amazônica brasileira, para escapar dos horrores da guerra.

Meio herói, meio anti-herói, ele luta por sua própria paz e tranquilidade, algo que ele espera obter nesses territórios selvagens, trabalhando como piloto de avião e guia turístico, pilotando seu Piper. Seu melhor amigo é o alemão Otto Kruger, que ele conheceu em São Luís. Otto foi apelidado de Esse-Esse (S-S) pelos brasileiros por causa de seu passado como oficial do exército nazista alemão.

Mister No é uma série em Quadrinhos italiana que teve sua publicação iniciada na década de 1970 pela Sergio Bonelli Editore. O personagem foi criado pelo escritor Sergio Bonelli (sob o pseudônimo de Guido Nolitta) e o artista Gallieno Ferri, na primavera de 1975. A série mensal regular de Mister No durou 379 edições, com a última publicada em dezembro de 2006. No Brasil, Mister No foi publicado por várias editoras, sendo a mais recente a Editora 85, que deu início à publicação da série Mister No Especial em 2018. Agora a Red Dragon dará início ao retorno de sua série regular com a publicação de Mister No vol 1.

“O objetivo da Red Dragon é apresentar aos leitores duas séries que compilarão as 379 edições da longeva série regular original italiana de durou de 1975 a 2006”, diz o comunicado da editora.

Sergio Bonelli, de pseudônimo Guido Nolitta (Milão, 2 de dezembro de 1932 — Monza, 26 de setembro de 2011) foi um autor italiano de personagens de quadrinhos, entre eles Zagor e Mister No e editor de Tex.

Sérgio Bonelli é filho de Gian Luigi Bonelli. Desde pequeno Sergio frequentava a editora dirigida por sua mãe, Tea Bonelli, a Redazione Audace. Em 1957, concluídos os estudos, assumiu a direção da empresa, que agora tinha o nome de Edizioni Araldo.

Em 1958 Sergio criou Un Ragazzo nel Far West (desenhada por Franco Bignotti) e em 1959 escreve Il giudice Bean (desenhos de Sergio Tarquinio), sempre sob o pseudônimo de Guido Nolitta. Escreveu também alguns episódios para a revista Piccolo Ranger.

Em 1960 deu o pontapé inicial a Zagor, com desenhos de Gallieno Ferri, cuja primeira história saiu em 15 de junho de 1961, publicação que logo virou um grande sucesso junto ao público italiano. Foi autor das histórias de Zagor até 1980. Em 1975 cria Mister No, personagem com caracterização diferente do que havia na época e que mudou o estilo dos personagens bonellianos.

Mesmo sem aparecer “oficialmente”, por muitos anos colabora com o pai Gian Luigi Bonelli escrevendo episódios de Tex. A primeira história é “Caçada humana”, de 1976 (TEX-068), e muitas outras foram escritas em seguida, mas sempre de forma eventual, pois Sergio é um autêntico multitarefa na editora, cuidando de tudo depois que sua mãe se aposentou. Sergio Bonelli era o editor responsável por Martin Mystère, Dylan Dog e Nathan Never.

Sergio Bonelli faleceu em 26 de setembro de 2011, aos 78 anos.

Link para compra

Recomendamos o episódio do Confins do Universo numero 28, um verdadeiro dossiê sobre Sergio Bonelli e que você confere no link a seguir:

Confins do Universo 028 – Raios e trovões! HQs Bonelli

Fabio Camatari Escrito por:

Dinheiro não traz felicidade... mas compra quadrinhos, que é quase a mesma coisa!