Green River Killer: A Longa Caçada a um Psicopata

Sinopse Oficial: As histórias que traçam perfis de assassinos seriais nos colocam ao horror que somente o ser humano é capaz de produzir. Ler uma dessas histórias aterradoras é uma forma de reforçar nossa empatia ao refletir o que torna alguém capaz de algo tão cruel.


O assassino de Green River, na região de Seattle, é um dos casos mais conhecidos dos Estados Unidos, graças aos números vultosos: dezenas de vítimas e uma investigação que se arrastou por décadas. Embora não apareça na obra, outro notório serial killer teve participação ativa no processo: Ted Bundy , no melhor estilo Silêncio dos Inocentes, ofereceu algumas ideias sobre o perfil do assassino e a importância dos lugares onde os corpos foram encontrados.
Green River Killer: A Longa Caçada A Um Psicopata conta essa história de um ponto de vista bastante privilegiado, o de Tom Jensen, investigador responsável por conduzir a busca pelo assassino. Com o arrastar dos anos em que o caso esteve sem solução, o leitor acompanha o avanço das técnicas de investigação, o desgaste dos policiais envolvidos e as oscilações de interesse da opinião pública pelo caso.
A graphic novel se aproxima, assim, de Meu Amigo Dahmer , outro quadrinho publicado pela DarkSide® Books e que você pode conferir aqui nossa resenha, também fala sobre pessoas envolvidas com casos de serial killers. No livro sobre Jeffrey Dahmer, o quadrinista Derf Beckderf, que foi seu colega no colégio, apresenta um retrato do jovem que viria se tornar um assassino impiedoso. Ambos, no entanto, nos ajudam a entender um pouco melhor o que se passa na mente dessas pessoas.


Green River Killer foi escrito pelo filho de Tom, Jeff Jensen, que uniu a pesquisa jornalística a suas memórias e histórias familiares. A arte ficou a cargo de Jonathan Case, que com massas de preto bem definidas coloca a história em ação, em uma quadrinização de grande fluência narrativa. Em uma grande sintonia entre roteiro e arte, o leitor acompanha a história de um detetive muito humano e dedicado aos familiares das vítimas, pintando diversas áreas cinzas em meio ao preto e branco da arte de Case.

Gary Leon Ridgway (nascido em 18 de fevereiro de 1949, Salt Lake City, Utah), conhecido como The Green River Killer, é um assassino em série (serial killer) americano. Ele foi inicialmente condenado por 48 casos de assassinato e, para evitar a pena de morte, confessou mais de 70 homicídios, embora, quando condenado, fosse sentenciado por 49 assassinatos, o que o torna o segundo assassino em série mais prolífico da história dos Estados Unidos em termos de mortes confirmadas, imediatamente depois de Samuel Little. Suas vítimas eram todas mulheres, muitas adolescentes, do Condado de King, estado de Washington, entre as décadas de 1980 e 1990.

Está preso desde 2001 sem possibilidade de condicional.

O constante desaparecimento de mulheres fez a polícia organizar uma força-tarefa para investigar os crimes e encontrar os culpados. Gary, entre 1980 e 1987, chegou a prestar esclarecimentos e, até, a ser preso: em 1980 prestou depoimentos após agredir uma prostituta perto do Aeroporto Internacional de Seattle-Tacoma, região onde alguns corpos haviam sido encontrados; em 1983 prestou novos depoimentos à polícia, após o namorado de uma prostituta ter identificado o caminhão de Gary como o último lugar onde ela havia sido vista antes de desaparecer; em 1984 foi preso por tentar contratar os serviços de uma policial disfarçada, tendo sido solto após fazer o teste do polígrafo; em 1987 foi preso após prostitutas descreverem à polícia um homem que costumava percorrer a área e cuja descrição batia com a aparência de Ridgway, tendo sido solto novamente após outro teste do polígrafo e após ter concordado em ceder amostras de cabelo e saliva.

Foi só em 2001, no dia 30 de novembro, quando deixava a fábrica de caminhões de Kenworth onde trabalhava, em Renton, Washington, que ele foi preso pela polícia sob a acusação de assassinar quatro mulheres, com provas baseadas em evidências de DNA. Como parte do seu acordo para evitar receber a pena capital, Gary Ridway concordou em divulgar para as autoridades a localização dos corpos das outras mulheres que ele havia matado.

Em dezembro de 2003 ele recebeu 48 sentenças de prisão perpétua, sem possibilidade de condicional. Cumpriu pena no Presídio Estadual de Washington, em Walla Walla, entre 2004 e 2015, quando foi transferido para o presídio de segurança máxima de USP Florence, em Florence, Colorado, mas em outubro de 2015 voltou para Washington.

“Eu gostava de dirigir pelos bolsões ao redor do país e pensar nas mulheres que eu depositei lá. Eu matei tantas mulheres que não consigo precisar quantas”, teria dito já na prisão.

JEFF JENSEN é escritor, roteirista, jornalista. Trabalhou por 18 anos na Entertainment Weekly e virou o principal crítico de TV da revista. Em 2015, junto a Brad Bird e Damon Lindelof, Jensen foi um dos roteiristas do filme Tomorrowland: um lugar onde nada é impossível. Com Jonathan Case, ele coescreveu o livro de prelúdio Before Tomorrowland e foi roteirista do seriado da HBO Watchmen. Vive em Lakewood, Califórnia.


JONATHAN CASE é quadrinista, escritor e pintor. Entre suas publicações autorais estão Dear Creature e The New Deal (indicado aos prêmios Harvey, Reuben e Oregon Book). Ele também trabalhou em séries clássicas de super-herói como Batman ’66 e Superman: Alienígena Americano na DC Comics. Vive em Portland, Oregon.

Editora ‏ : ‎ Darkside; 1ª edição (24 maio 2021)
Capa dura ‏ : ‎ 248 páginas
Dimensões ‏ : ‎ 26.6 x 17.6 x 2.4 cm

Link para a compra: https://www.amazon.com.br/Green-River-Killer-Ca%C3%A7ada-Psicopata/dp/6555980974

Fabio Camatari Escrito por:

Dinheiro não traz felicidade... mas compra quadrinhos, que é quase a mesma coisa!