Floresta dos Medos – Emily Carroll

Sinopse Oficial: Uma garota empunha uma lamparina para vencer os contornos da escuridão. Ali perto, uma floresta. Calada e fantasmagórica, repleta de coisas estranhas. Criaturas misteriosas, sussurros velados, medos inomináveis. Pense naquilo que faz seu sangue correr depressa pelas veias. Uma voz sem corpo? Uma visão fantasmagórica? Ou, quem sabe, a possibilidade de viver algo sobrenatural?
A DarkSide® Books em seu selo Graphic Novels nos convida para um passeio pela floresta cheia de rostos pálidos e mãos geladas da premiada ilustradora Emily Carroll. Assim como nos contos de fada, nem tudo que habita seus arredores é aquilo que parece ser. Nesta pequena série de histórias, a Floresta é o principal ingrediente (e por que não personagem) conectando-as. Mais que isso, a aura de mistério que qualquer floresta ou bosque acaba por revelar ao cair da noite…

Uma coisa é certa: as cinco histórias de Floresta dos Medos dão aquele friozinho na espinha quando vão avançando para o final. Nelas, a quadrinista canadense explora o medo subjetivo e imagético, composto de sensações estranhas que raramente conseguimos explicar. Não espere sustos que farão você pular; aqui, olhares de relance para os cantos do quarto serão muito mais comuns ou mesmo aquela dúvida se estamos realmente sozinhos em casa…

O texto de Emily Carroll é poderoso e poético, e suas ilustrações, carregadas de tons sombrios e avermelhados. A arte é bem definida, com alto contraste e traço que lembra a de um livro ilustrado, incluindo a diagramação das páginas. Realmente é um trabalho elegante e que lembra bem os contos dos irmãos Grimm, a exploração do extraordinário de Neil Gaiman, o gótico de Edgar Allan Poe e, principalmente, o realismo mágico de Angela Carter. E, assim como os grandes mestres, incita o leitor a enfrentar seus próprios medos e fraquezas.

As cinco histórias são:

A Casa do Vizinho, onde três irmãs que ficam sozinhas em casa e, uma por vez, desaparecem.

As Mãos de uma Moça são Frias, em que o fantasma de uma mulher que aguarda vingança.

Seu Rosto todo Vermelho, em que um homem que sempre viveu à sombra de seu irmão decide assassiná-lo (minha história preferida).

Minha Amiga Janna, onde uma garota e sua amiga médium exploram a dor e o luto dos outros em um golpe elaborado.

O Ninho, uma menina visita seu irmão casado apenas para descobrir um segredo terrível e visceral.

Como um bônus, existe ainda uma conclusão curtinha envolvendo a Chapeuzinho Vermelho.

Todas as histórias oferecem um dos artifícios que admiro quando tratamos do suspense sobrenatural: um final com poucos elementos, justamente para o leitor finalizar o conto em sua cabeça, com a sua imaginação.

O lançamento do selo DarkSide® Graphic Novel chega em uma edição de colecionador caprichada, bem acaba e que pode muito bem servir para uma contação de histórias juvenis à beira de uma fogueira, por exemplo.

Emily Carroll na verdade ganhou dois prêmios Eisner Awards em 2015: um por Floresta dos Medos na categoria “Best Graphic Album-Reprint” , e outro na categoria “Best Short Story” por When the Darkness Presses, ainda inédita por aqui. Carroll nasceu em London, Ontario, em junho de 1983. Além de publicar curtas histórias em quadrinhos em seu site, ela colaborou em diversas antologias, incluindo The Witching Hour (Vertigo), Creepy #9 (Dark Horse) e Fairy Tale Comics (First Second). Atualmente ela vive com sua esposa, Kate, e seu enorme gato laranja em Stratford, Ontario.

Além dos quadrinhos, ainda é co-autora do game The Yawhg: a game, junto ao designer Damian Sommer (disponível para download via Steam).

Link para compra direta na loja da caveirinha: https://www.darksidebooks.com.br/floresta-dos-medos/p

Capa dura: 208 páginas
Editora: Darkside
Lançamento: 21 de março de 2019
Dimensões: 22,9 x 17,8 x 4 cm

Recomendo a compra deste volume e dependendo de quando você acabe comprando, ainda pode levar de brinde um pack de cartões com as principais artes da obra!

Fabio Camatari Escrito por:

Dinheiro não traz felicidade... mas compra quadrinhos, que é quase a mesma coisa!