Especial Watchmen – Who watches the Watchmen?

watchmen-especialWho watches the Watchmen?
Faz muito tempo que estamos ansiosos para ouvir esta frase nos cinemas. Aliás, para vê-la grafitada num beco escuro de Nova York. Finalmente este dia chegou!
23 anos se passaram desde seu lançamento, entre 1986 e 1987, muito se especulou sobre sua adaptação cinematográfica e entre batalhas sobre direitos autorais, Watchmen estréia nesta sexta-feira, 6 de março, mundialmente.

Como não poderia deixar de ser, preparamos um artigo Especial Watchmen, situando quem nunca leu os quadrinhos, trazendo fotos, trailers, resenhas dos quadrinhos e cinema e curiosidades, além de nossas humildes opiniões. Não perca!

Nos quadrinhos

Watchmen é uma mini-série em quadrinhos escrita por Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, publicada originalmente em doze edições mensais pela DC Comics entre 1986 e 1987. É considerada uma das obra-primas dos quadrinhos, pela importância na introdução de abordagens e linguagens antes ligadas apenas aos quadrinhos alternativos, além de lidar com temática de orientação mais madura e menos superficial, quando comparada às histórias em quadrinhos comerciais publicadas até então. Ganhou vários prêmios, como os Prêmios Kirby e Eisner, além de uma honraria especial no tradicional Prémio Hugo, voltado à literatura: é até o momento a única graphic novel a conseguir tal feito. Watchmen também é a única história em quadrinhos presente na lista dos 100 melhores romances eleitos pela revista Time desde 1923. Sacou o nível?

A história de Watchmen mostra uma realidade alternativa nos EUA, onde o vigilantismo, isto é, pessoas (civis) se organizam para manter a lei e a ordem em uma determinada região, cidade ou bairro, assumindo algumas vezes o papel policial (e alguns casos, de juiz e executor). Essas pessoas não possuiam “super-poderes”. Combatiam o crime com sua inteligência, força muscular e invenções. Suas habilidades eram seus grandes trunfos. O pano de fundo da mini-série é a tensão durante a Guerra Fria e a possibilidade do conflito com a extinta URSS. Esse clima, aliado ao descontrole do vigilantismo (“quem vigia os vigilantes?”), levaram o governo do EUA a proibir tal atividade, declarando todos fantasiados como criminosos, forçando-os a abandonar suas carreiras de heroísmo. Claro, alguns continuaram agindo clandestinamente, correndo o risco. A trama começa quando o Comendiante, ex-vigilante que serviu ao governo americano em trabalhos “sujos”, acaba assassinado misteriosamente. A partir daí, uma onda de eventos acaba atingindo os Minutemen (nome do grupo de vigilantes da série), fazendo-os enfrentar seus problemas éticos e psicológicos, lutar contra neuroses e defeitos, além de evitar que sejam novas vítimas do misterioso assassino.

Muito importante e extremamente inteligente, é a inserção de um conto sobre piratas (Contos do Cargueiro Negro), como paralelo a história, fundindo a narrativa ne uma forma nunca mais vista até hoje. Cada página é incrivelmente rica em detalhes, que podem passar despercebidos no primeiro momento, mas que são fundamentais em momentos decisivos. Quem teve o prazer e o privilégio de ler as edições originais de Watchmen publicadas pela Editora Abril em 1988, ao chegar ao clímax da história, teve a sensação “eu vi esse quadrinho lá atrás! como não percebi isso!!”.

Tomara que o filme nos brinde com a mesma sensação. Se chegar próximo a isso, terá cumprido seu papel.

Apesar de fã fervoroso da Marvel, confesso: Watchmen é a melhor obra escrita até hoje. Foi feita para ser única e ponto final. Não deve ser continuada, nem em quadrinhos, nem nos cinemas. Portanto, estamos vivendo um momento único! E quem seus 30 anos, poderá encher o peito e dizer que leu e assistiu aos originais da melhor história em quadrinhos de todos os tempos.

O público se manifesta!

O blog Slashfilm trouxe uma bacana manisfestação do público fiel a Watchmen. Às vésperas de seu lançamento, surgem em Nova York paredes grafitadas com os dizeres “Who watches the Watchmen?”.
Publicidade? Pouco provável, pois o grafite é proibibo em NY e a produtora do filme teria sérias dores de cabeça com isso. Veja as imagens:

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Wolverine vs Rorschach: quem é o mais casca-grossa?

Fã-filmes sempre são bem-vindos! Veja essa produção caseira, simulando uma discussão “alto nível” entre Wolverine e Rorschach. Em inglês…

Fabio Camatari Escrito por:

Dinheiro não traz felicidade... mas compra quadrinhos, que é quase a mesma coisa!