Minha surpresa ao ouvir no rádio esta manhã: Morre Arthur Clarke!
Nesta terça-feira morreu um dos maiores escritores de ficção científica de todos os tempos, Arthur Charles Clarke (1917-2008). O autor de 2001 – Uma Odisséia no Espaço tinha 90 anos, morava no Sri Lanka e sofria há anos de problemas respiratórios.
Nascido no Reino Unido, Arthur Clarke ingressou na Sociedade Interplanetária Britânica em 1936 e serviu na Segunda Guerra Mundial como operador de radar – experiência que rendeu seu único romance fora da ficção científica – antes de se graduar em matemática e física em Londres.
Sua maior contribuição à humanidade, porém, não foi meramente artística, e sim científica: a concepção, em 1945, através de um artigo intitulado Extra-terrestrial Relays, do sistema de satélites em órbita geo-estacionária que entrariam em funcionamento apenas 25 anos depois – e seguem em uso até hoje. Por conta dos seus estudos, a órbita a 36 mil quilômetros de altura, onde são estacionados os satélites, foi batizada de “Órbita Clarke“. Este trabalho o tornou reconhecido como “pai” do conceito de satélites para comunicações.