Sem dúvidas esta é a melhor época para ser nerd… e no Brasil, temos que comemorar o grande momento que vivemos em termos de produção de quadrinhos nacional.
A quantidade de publicações nacionais, o número de artistas trabalhando no exterior, o nível do material produzido e os caminhos para tirar uma ideia do papel cresceram muito. E não estamos mais atrelados apenas ao papel. As produções on-line e plataformas de distribuição também crescem. Se não temos mais vendas recordes (excetuando os quadrinhos Mauricio de Sousa Produções), notamos que o público não diminuiu, pelo contrário, cresce a medida que seus personagens preferidos também ganham vida no cinema (ou mesmo, quando o primeiro contato é na telona e depois surge o interesse em mais material).
Um grande termômetro é o Artist Alley do evento CCXP – Comic con Experience. Em sua terceira edição (2016), foi o coração do evento. Claro que haviam convidados estrangeiros, porém passamos de 400 artistas presentes, prata da casa, com seus prints e quadrinhos a mostra ou venda, muitos deles com filas tão grandes quanto aos medalhões internacionais.
A plataforma de financiamento coletivo Catarse é outro bom exemplo de fonte de bom material. Lá você pode encontrar excelentes projetos para apoiar. Autores independentes encontraram ali um meio para angariar fundos e distribuir suas obras. QUAD, por exemplo conheci lá, e como gosto pessoal, produzem as sequências de ficção científica mais legais do momento.
Seria impossível deixar de comemorar o Dia do Quadrinho Nacional sem lembrar de um dos maiores fomentadores da nona arte brasileira: Sidney Gusman – um dos principais especialistas de quadrinhos no Brasil, editor-chefe do Universo HQ e responsável pelo Planejamento Editorial da Mauricio de Sousa Produções. O projeto Graphic MSP valorizou o talento nacional de uma forma jamais vista. Se existe uma pessoa a ser homenageada neste dia, sendo dúvidas, é o Sidão!
Para entender um pouco mais sobre o motivo desta data, veja o texto de Samir Naliato no Universo HQ
Para comemorar a data, até minha esposa resolver ler seu quadrinho predileto (claro, da Turma da Mônica) em uma situação um pouco diferente…