Sinopse Oficial: Certa noite, o diretor da Rádio do Povo, em Moscou, recebe um telefonema após a transmissão ao vivo do Concerto para piano nº 23, de Mozart. É Josef Stálin, o homem mais poderoso da União Soviética e um dos líderes mais temidos do mundo.
Stálin pede uma gravação da peça. Nada, porém, foi registrado. Será preciso repetir o concerto e manter o nível da interpretação anterior. O diretor entra em pânico: qualquer erro pode colocar em risco a cabeça de todos.
Posteriormente, enquanto escuta a gravação, Stálin sofre um derrame, que o levará à morte, em março de 1953. Logo começam as conspirações para sucedê-lo, encabeçadas por Lavrenti Béria e Nikita Kruschev. Era o começo do fim de uma das mais terríveis experiências políticas do século XX.
Premiada na França como a melhor HQ no festival Encontros com a História, A morte de Stálin recria em tom de sátira expressionista o clima de conspiração, paranoia e medo da URSS stalinista.
Josef Vissariónovitch Stalin (Gori, 18 de dezembro de 1878 — Moscou, 5 de março de 1953) foi um revolucionário comunista e político soviético de origem georgiana. Governou a União Soviética de meados da década de 1920 até sua morte em 1953, servindo como Secretário Geral do Partido Comunista da URSS e como primeiro-ministro de seu país de 1941 a 1953. Inicialmente presidindo um estado unipartidário oligárquico que governava pelo sistema de pluralidade, tornando-se de facto o ditador da União Soviética na década de 1930. Ideologicamente ligado à interpretação leninista do marxismo, Stalin ajudou a formalizar essas ideias como marxismo-leninismo, enquanto suas próprias políticas ficaram conhecidas como stalinismo.
Nascido em uma família pobre em Gori, Império Russo, iniciou sua carreira revolucionária após juntar-se ao Partido Operário Social-Democrata Russo quando jovem. Lá, editou o jornal do partido, o Pravda, e levantou fundos para a facção bolchevique de Vladimir Lenin por meio de roubos, sequestros e redes de proteção. Repetidamente preso, sofreu vários exílios internos. Depois que os bolcheviques tomaram o poder na Rússia durante a Revolução de Outubro de 1917, juntou-se ao comitê Politburo do partido. Serviu na Guerra Civil Russa antes de supervisionar o estabelecimento da União Soviética em 1922. Quando Lenin adoeceu e morreu em 1924, Stalin gradualmente assumiu a liderança do país. Durante seu governo, o “Socialismo em um Único País” tornou-se uma doutrina central entre os dogma do partido, e a Nova Política Econômica de seu antecessor foi substituída por uma economia centralizada. Sob o sistema do plano quinquenal, o país passou por uma coletivização e rápida industrialização, mas sofreu interrupções significativas na produção de alimentos que contribuíram para a fome de 1932-1933. Para erradicar aqueles considerados “inimigos da classe trabalhadora”, instituiu o “Grande Expurgo”, no qual mais de um milhão de pessoas foram presas e pelo menos 700 000 executados entre 1934 e 1939.
Seu governo promoveu o marxismo-leninismo no exterior através da Internacional Comunista e apoiou movimentos antifascistas por toda a Europa durante a década de 1930, particularmente na Guerra Civil Espanhola. Em 1939, assinou um pacto de não-agressão com a Alemanha Nazista, resultando em uma invasão conjunta da Polônia. Apesar dos contratempos iniciais, o Exército Vermelho repeliu a incursão alemã e capturou Berlim em 1945, pondo fim à Segunda Guerra Mundial na Europa. Os soviéticos anexaram os estados bálticos e ajudaram a estabelecer governos alinhados em toda a Europa Central e Oriental, China e Coréia do Norte. A União Soviética e os Estados Unidos emergiram da guerra como as duas superpotências mundiais. Tensões surgiram entre o Bloco Oriental apoiado pelos soviéticos e o Bloco Ocidental apoiado pelos americanos, dando origem à Guerra Fria. Stalin conduziu seu país através da reconstrução no período pós-guerra, durante a qual desenvolveu uma arma nuclear em 1949. Nestes anos, o país experimentou outra grande fome e uma campanha antissemita que atingiu o auge no complô dos médicos. Stalin morreu em 1953 e acabou sendo sucedido por Nikita Khrushchov, que denunciou seu antecessor e iniciou um processo de desestalinização em toda a sociedade soviética.
Amplamente considerado uma das figuras mais significativas do século XX, sua imagem foi tema de um culto à personalidade generalizado dentro do movimento marxista-leninista internacional, onde foi considerado um defensor do socialismo e da classe trabalhadora. Desde a dissolução da União Soviética em 1991, manteve popularidade na Rússia e na Geórgia como um líder vitorioso em tempos de guerra que estabeleceu a União Soviética como uma grande potência mundial. Por outro lado, seu governo totalitário tem sido amplamente condenado por supervisionar repressões em massa, limpeza étnica, centenas de milhares de execuções e fomes que causaram a morte de milhões de pessoas.
Contar a História em formato de quadrinhos é realmente uma arte. E tenho encontrado cada vez mais opções nas livrarias e boas casas do ramo!
A Morte de Stálin (formato 23 x 31 cm, 152 páginas), produzida pelos franceses Fabien Nury (roteiro) e Thierry Robin (arte), reúne em uma única edição os dois volumes originais da história, trazida no Brasil pela editora Três Estrelas.
A Hq mostra quase que em tempo real, o passo-a-passo da morte e funeral de Josef Stálin, em Moscou, noite de 28 de fevereiro de 1953.
O diretor da Rádio do Povo recebe um telefonema inesperado, após a transmissão ao vivo do Concerto para piano nº 23, de Mozart. Do outro lado da linha, está o homem todo-poderoso da União Soviética e um dos líderes mais temidos do planeta, Josef Stálin, que pede uma gravação da peça musical executada ali.
O diretor, em pânico, pede uma nova apresentação de imediato, pois nada foi registrado e seria preciso repetir o concerto. Qualquer vacilo pode colocar em risco a cabeça de todos.
Enquanto escuta a gravação, Stálin sofre um derrame cerebral, que o levara à morte. Logo começam as conspirações para sucedê-lo, encabeçadas por Lavrenti Béria e Nikita Kruschev. Era o começo do fim de uma das mais terríveis experiências políticas do Século 20.
A partir de acontecimentos reais, os autores recriam, em tom de sátira expressionista, o clima de conspiração, paranoia e medo que pesava sobre a União Soviética de Stálin.
A obra venceu o prêmio Château de Cheverny de melhor história em quadrinhos no festival Encontros com a História, em Blois, na França.
A Editora Três Estrelas fez um ótimo trabalho editorial, apresentando uma edição completa, caprichada no visual, com papel e impressão de qualidade. Uma edição histórica, para entrar na “história”.
Link para compra: https://www.amazon.com.br/Morte-St%C3%A1lin-Fabien-Nury/dp/8568493076
- Capa comum: 152 páginas
- Editora: Três Estrelas;
- Edição: 1ª (1 de março de 2015)
- Idioma: Português
- Dimensões: 30,8 x 23,4 x 1,4 cm
E em 2017 eis que temos lançada a comédia “A Morte de Stalin”, dirigida pelo escocês Armando Iannucci, em cartaz no Brasil em 2018. O filme parece não ter ficado tão engraçado, aparentemente para crítica especializada. Mas alcançou reconhecimento internacional como um dos longas-metragens mais hilariantes da década, com uma média de 90 pontos nos sites agregadores de críticas Metacritic e Rotten Tomatoes. A produção franco-britânica foi exibida em setembro de 2017 no Festival de Toronto.