Sinopse Oficial: A história de um banco, um simples banco de praça pública, que vê pessoas passarem durante horas, dias, estações, anos… Muitas passam, algumas param, outras voltam e há aquelas que esperam… O banco é um refúgio, uma ilha, um abrigo, um palco… um balé de anônimos conduzidos por uma coreografia habilmente orquestrada, em que pequenas curiosidades, situações incríveis e encontros surpreendentes dão à luz uma história singular, por vezes cômica, por vezes trágica. O quadrinista Chabouté (Moby Dick), com sua arte inigualável e seu excepcional domínio do preto e branco, tece uma narrativa gráfica com a magia de Jacques Tati, a beleza de Chaplin e pitadas de Marcel Marceau e Buster Keaton… 340 páginas de um drama cujo herói é um banco.
O canal que virou editora, Pipoca e Nanquim, está construindo um belíssimo catálogo de quadrinhos, tanto na escolha dos títulos que estão trazendo, quanto na produção dos mesmos. Cada edição é primor de execução, feitas como eles mesmos dizem: “Fazemos como gostaria que fosse para mim!”.
Falando especificamente de Um Pedaço de Madeira e Aço, podemos ser categóricos ao dizer que essa história só tinha forma de ser contada: em um quadrinho mudo, parrudo, de 340 páginas.
Como seria o ciclo de uma vida, sob o ponto de vista de uma banco de uma praça? Se ele fosse uma entidade, o que poderia nos contar?
As passagens de tempo, as conexões de personagens, lições e a virada no final, fazem desta obra uma de minhas prediletas em todos os tempos. É atemporal e necessária. Deve ser lida e relida… degustada.
Chabouté pode não ter uma arte “super-heroística”, comum ao leitor eventual de quadrinhos, mas pouco importa à obra. É fluída e muito competente, detalhada no contraste em preto e branco.
Se você gostaria de presentear alguém com uma obra, esta sem dúvidas é uma ótima opção.
Capa dura: 340 páginas
Editora: Pipoca e Nanquim (28 de maio de 2018)