Resenha: Transformers – A vingança do derrotados

thumb-transformers2Antes de mais nada, cuidado: esta resenha contém alguns spoilers, portanto se você ainda não assistiu ao filme, pode estragar algumas surpresas!
Transformers 2: A Vingança dos Derrotados é uma overdose, em todos os sentidos.

Tudo o que o primero filme apresentou, foi turbinado e colocado à exaustão em quase duas horas e meia de trama. As lutas coreografadas entre robôs gigantes, as explosões, a sensualidade de Megan Fox (já eleita mulher mais sexy do mundo), mais explosões, o dinamismo e velocidade, o ritmo de aventura e… mais explosões!
Assim como assistir canais abertos com antena de palha de aço numa TV de LCD de 50 polegadas, os pontos ruins foram igualmente exagerados.

O elenco de ótimos Autobots apresentado no primeiro filme e seus diálogos, quase inexistiram. Outros novos aliados foram adicionados (sem qualquer menção de como chegaram ali), mas sem peso. A enxurrada de personagens secundários que não se firmam por nada (isso inclui os pais de Sam), os furos de roteiro (sua previsibilidade) e o mais fatal dos pecados: a continuidade. Para citar apenas um – a perseguição no deserto: numa cena, desolação em areia por todos os lados, na seguinte, savana e vegetação, continuando com mais areia por todos os lados.

O ritmo ficou tão alucinante, que não consegui prestar atenção nas faces dos novos Autobots, os gêmeos ou as motos.
Nota triste, o humor dos diálogos entre Ironhide e os outros, se perdeu. Simplesmente não há. Tudo o que se ouve são explosões.
E de onde surgem tantos Decepticons? E porque só eles e não Autobots também?

A magia e o encanto de trazer um ícone oitentista para o novo milênio, como foi feito no primeiro filme, já não existe mais. É comercial demais, é blockbuster demais. É o melhor dos piores filmes de 2009 (segundo o Omelete, e concordo). Contaram 46 robôs. Menos da metade disso e 50% mais diálogos fariam um efeito muito melhor.
Mas enfim, o primeiro final de semana foi quase suficiente para bater a bilheteria de Batman TDK. E seria uma injustiça.

A história tem a maior cara de clichê, segue a linha “Eram os deuses astronautas?” e poderia ser muito melhor aproveitada.

Mesmo assim, ainda recomendo. Se gosta de imagem, assista cópia dublada. Se quiser entender o texto, legendas. Se quiser aproveitar o filme mesmo, espere o DVD. O filme é divertido, tem humor, aventura e serve para um propósito (nova continuação).

Fabio Camatari Escrito por:

Dinheiro não traz felicidade... mas compra quadrinhos, que é quase a mesma coisa!