Deuses Americanos Graphic Novel – Volume 1: Sombras

Sinopse Oficial: O grande clássico de Neil Gaiman agora em quadrinhos! Mistura de road trip, fantasia e mistério, o romance Deuses americanos alçou Neil Gaiman à fama mundial e ao posto de um dos maiores escritores de sua geração. Agora, os fãs de quadrinhos e da obra-prima do autor têm mais um motivo para celebrar: chega às livrarias o primeiro volume das graphic novels inspiradas em Deuses americanos. Ao todo, serão três volumes. Em Sombras, as cores e os traços vibrantes de P. Craig Russell e Scott Hampton nos apresentam Shadow Moon, um ex-presidiário de trinta e poucos anos que acabou de sair da prisão e descobre que sua mulher morreu em um acidente de carro. Sem lar, sem emprego e sem rumo, ele aceita trabalhar para o enigmático Wednesday e embarca em uma viagem tumultuada e reveladora por cidades inusitadas dos Estados Unidos. É nesses encontros e desencontros que o protagonista se depara com os deuses ― os antigos (que chegaram ao Novo Mundo junto dos imigrantes) e os modernos (o dinheiro, a televisão, a tecnologia, as drogas) ―, que estão se preparando para uma guerra que ninguém viu, mas que já começou. O motivo? O poder de não ser esquecido.

Deuses Americanos não é sobre deuses,  é uma história sobre nós mesmos que tem deuses servindo de veículos metafóricos para nossa compreensão sobre o que é venerar algo ou alguém, seja uma figura barbada toda-poderosa, seja um automóvel de último tipo ou até mesmo essa coisa imaterial e difusa que convencionou-se chamar de internet. E engana-se também quem interpreta os acontecimentos descritos na saga de Gaiman como algo circunscrito somente aos Estados Unidos, onde se passa a ação. Sem dúvida, o autor britânico mira nos EUA, mas acerta de maneira ampla a chamada sociedade moderna, ou a sociedade da informação, aquela sociedade caracterizada, acima de tudo, pela efemeridade de tudo a seu redor. Efemeridade de ideias, de desejos, de crenças e de obsessões. Ler Deuses Americanos é, se o leitor tiver habilidade para registrar o que está nas entrelinhas (e às vezes nem tão entre linhas assim), um exercício que o desnuda e o deixa envergonhado, mas também – e principalmente – iluminado e auto-consciente. É como um despertador estridente, mas que começa com o som baixo, discreto, que aos poucos vai se impregnando e ganhando volume.

Em sua alma, a obra é uma road trip pelos recônditos perdidos dos EUA, com suas realmente míticas atrações de beira-de-estrada, cidadezinhas congeladas, mas perfeitas de uma forma sinistra, pluralidade cultural e, no geral, um ambiente hostil à verdadeira adoração divina, seja ela qual for. Em sua carne, é um estudo sobre a memória e seu papel na criação de entidades sobre-humanas e fantásticas para explicar o inexplicável e o quanto algo ou alguém exige que seja lembrado para que esse algo ou alguém seja o que é ou o que quer ser. Não precisamos falar de deuses para isso. Basta pensarmos e nos perguntarmos se conhecemos nossa história, se conhecemos nossa árvore genealógica, se conhecemos nossa família, se conhecemos nossos colegas de trabalho ou nossos vizinhos. Basta talvez compreendermos que o que hoje veneramos talvez seja apenas nós mesmos, com cada um de nós olhando apenas o nosso próprio umbigo, com um mundo reduzido àquilo que alcançamos com a mão, sem muito (ou nenhum, na verdade) esforço.

Agora, sobre a dupla P. Craig Russell e Scott Hampton.

Philip Craig Russell nasceu em 30 de outubro de 1951 em Wellsville, Ohio.  Ele entrou na indústria de quadrinhos em 1972 como assistente de Dan Adkins. Russell tornou-se conhecido com sua série Amazing Adventures de 11 edições e sua graphic novel subsequente com Killraven , herói de uma futura versão de A Guerra dos Mundos , de HG Wells , colaborando com o escritor Don McGregor. O historiador de histórias em quadrinhos Peter Sanderson escreveu que, “o melhor colaborador artístico de McGregor na série foi P. Craig Russell, cuja obra sensível e elaborada, evocativa da ilustração da Art Nouveau , deu à paisagem da América de Killraven uma sensação nostálgica e pastoral, Arquitetura marciana a aparência de castelos futuristas “. Na DC Comics , Russell assinou histórias de Batman em Batman Family e Detective Comics sobre os lápis de Michael Golden e Jim Starlin, respectivamente.

É sem sombra de dúvidas um dos ilustradores e quadrinistas mais inovadores e ecléticos de sua geração. Na Marvel, foi responsável por desenhos de Killraven e Doutor Estranho. Chegou a adaptar óperas, como A Flauta Mágica, de Mozart, e O Anel de Nibelungo, de Wagner, desenhando também personagens diversos, como Batman, Conan, Hellboy e Sandman.

Hampton começou sua carreira seguindo os passos do irmão e companheiro criador de histórias em quadrinhos Bo Hampton . Scott e Bo estudaram com Will Eisner em 1976. O primeiro trabalho profissional de quadrinhos de Scott foi o de três páginas “Vítimas” publicado em Vampirella # 101 da Warren Publishing em 1981. O trabalho de Scott sobre Silverheels da Pacific Comics em 1983 é considerado o primeiro continuando quadrinhos pintados (de origem dos EUA).

Trabalhando como um artista de quadrinhos freelance, Hampton ilustrou propriedades icônicas como Batman , Sandman , Black Widow , Hellraiser e Star Trek , além de trabalhar em seus projetos de propriedade de criadores como The Upturned Stone .

Voltando ao volume 1 de Deuses americanos, ele traz extras para nenhum fã botar defeito, como esboços dos quadrinhos e estudos de personagens, layouts originais e também capas de artistas renomados , como Fábio Moon, David Mack, Becky Cloonan e Glenn Fabry.

    • Capa comum: 264 páginas
    • Editora: Intrínseca; Edição: 1ª (9 de abril de 2018)
    • Idioma: Português

Link para compra: http://www.amazon.com.br/Deuses-Americanos-Sombras-Neil-Gaiman/dp/8551003062

Aproveitando a época também do lançamento da segunda temporada de American Gods pelo serviço Amazon Prime, vamos posicionar como ficaram as temporadas.

American Gods é uma série de televisão americana criada por Bryan Fuller e Michael Green, e transmitida pelo canal Starz, baseada no romance homônimo de 2001 do autor Neil Gaiman. Fuller e Green escreveram o episódio piloto e serviram como showrunners. Gaiman serviu como produtor executivo do show juntamente com Fuller, Green, Craig Cegielski, Stefanie Berk e Thom Beers.

A primeira temporada consiste em oito episódios que tiveram sua estreia no dia 30 de abril de 2017, nos Estados Unidos, e a transmissão mundial aconteceu no dia 1 de maio pelo serviço de streaming, Amazon Prime Video. A série recebeu aclamação da crítica, com duas indicações ao Primetime Emmy Awards.

Quase dois anos depois da exibição da primeira temporada, American Gods está de volta com a continuação da saga dos Deuses Americanos, adaptada da obra literária de Neil Gaiman.

Com a saída dos showrunners Bryan Fuller e Michael Green ao final do primeiro ano (e que levou a atriz Gillian Anderson a também deixar o programa), havia certa preocupação se a série conseguiria manter a qualidade nesta sua 2ª temporada.

A julgar pela 2ª season premiere (disponibilizada no Brasil pelo Amazon Prime Video), American Gods retorna em ótima forma, apresentando já de início uma das sequências mais importantes do texto de Neil Gaiman – a visita à Casa na Pedra e ao mítico carrossel.

Fabio Camatari Escrito por:

Dinheiro não traz felicidade... mas compra quadrinhos, que é quase a mesma coisa!