Batman – O Príncipe Encantado das Trevas – Vol. 1 e 2 – Enrico Marini

Sinopse Oficial: O aclamado artista europeu Enrico Marini faz sua estreia no mercado de quadrinhos americanos com esta fabulosa e singular interpretação do Cruzado Encapuzado, em uma trama envolvendo o Coringa e sua ameaçadora companheira Arlequina. Com uma misteriosa conexão com o Batman, uma garotinha sequestrada pelo Coringa obriga o Homem-Morcego a mergulhar profundamente no submundo de Gotham em uma corrida contra o tempo para resgatá-la. As apostas são altas e para Batman este é um caso extremamente pessoal.
A conclusão de sua primeira saga prossegue em sua caçada ao Coringa, em uma tentativa desesperada para resgatar a garotinha que pode ou não ser filha do bilionário. No entanto, a pequena prisioneira do príncipe palhaço do crime se demonstra muito mais do que apenas uma aterrorizada vítima sujeita às ameaças de seus algozes. E qual papel desempenhará a astuta Mulher-Gato no duelo final entre Batman e Coringa?
Belissimamente ilustrada e pintada por Marini em seu estilo inconfundível, esta edição traz o Cavaleiro das Trevas e seus maiores adversários em uma radical recriação de sua mitologia.

Segundo Jim Lee, diretor editorial da DC Comics: “Enrico Marini ocupa o seu lugar entre os melhores da indústria com esta obra. Com uma narrativa cinematográfica, segura de si mesma, provocadora e com imagens suntuosas, Marini deixa-nos impressionados com um relato clássico e intemporal de Batman que, ao mesmo tempo, resulta inovador, atrevido e brilhantemente novo.” 
Este é um bom resumo sobre autor e obra.

Em Batman, o Príncipe Encantado das Trevas, temos uma história fechada, terrena, com doses de ação, humor e investigação, tudo bem balanceado. Não se trata de uma saga cósmica que vai mudar a vida do universo, mas sim de um fato passado na vida de Bruce Wayne, que vem a conhecimento do Coringa e que pode ser usado contra o milionário para cumprir os desejos de Arlequina.

A porção Príncipe da história até que poderia ser mais fantasiosa, mas não compromete nem baixa a expectativa. Bem da verdade a trama não oferece grandes inovações de roteiro, viradas mirabolantes ou planos de dominação. É uma história simples e bem contada, muito bem contada. O visual adotado para o Homem Morcego é o atual das revistas mensais, mas não faz parte de sua cronologia. Já o visual do Coringa é um caso à parte, tanto da maquiagem que faz uso, quanto figurino. Marini caprichou muito na composição do Palhaço e sua companheira.

E por falar das personagens femininas, outro ponto forte de Marini é a anatomia. Como bom desenhista europeu, as proporções são incríveis e livres de abusos. Há uma dose discreta de sensualidade, tanto para Arlequina quanto para a Mulher Gato, mas não agridem nem insinuam nada, pois estão na dose certa. Tudo faz parte do roteiro.

Gotham também é um caso à parte. As páginas duplas ou panorâmicas são vertiginosas. Quem desenha, sabe que compor planos abertos de cidades é um trabalho maçante e demorado. Aqui, cada centímetro vale a pena. O movimento dos personagens, em luta ou perseguição, trazem todo o movimento que as cenas pedem. Daí a cinematografia citada acima.

Por fim, o belíssimo trabalho de pintura de cada página faz dessa mini série em duas partes, um item obrigatório para qualquer colecionador. Em capa dura e formato maior que o americano, quase um álbum, o tempo de publicação entre as edições reflete a qualidade digna do quadrinho europeu: sem pressa, sem descuido. A parte 1 saiu por aqui em junho de 2018 e a parte 2, seis meses depois, em dezembro de 2018.

Enrico Marini, um italiano, nasceu em 13 de agosto de 1969, na Suíça, onde estudou ilustração na Academia de Belas Artes da Basiléia. Seu estilo é influenciado por quadrinhos americanos, fumetti italiano, francês bande dessinée e mangá japonês; é um admirador de autores como Milton Caniff, Alex Toth, John Romita Sr., Mike Mignola, Hermann, Jordi Bernet, Hergé, Giraud e Otomo. Sua carreira foi lançada no Festival de la Bande Dessinée, em 1987, em Sierre, onde competiria com os talentos emergentes mais promissores. Seu talento próprio foi reconhecido imediatamente, e ele foi encarregado de sua primeira série, Olivier Varèse, baseada em um roteiro de Thierry Smolderen, produzido pela Alpen Publishing. Em 1992, Marini e Smolderen tentaram algo totalmente diferente com Gipsy (Gypsy), uma aventura de ficção científica com um verdadeiro herói durão. Marini então entraria no reino dos vampiros com Rapaces (2015 Europe Comics, Raptors), desta vez ao lado de Jean Dufaux. Com Stephen Desberg, ele realizou seu sonho de infância de criar uma história em quadrinhos em estilo ocidental, L’Étoile du désert (2016 da Europa Comics, Desert Star). Juntos, eles co-escreveram Le Scorpion (The Scorpion, Cinebook), uma enorme série de aventuras e fanfarrões. Mais recentemente, desde 2007, Marini, agora um escritor de pleno direito, tem trazido civilizações antigas de volta à vida com a saga épica de Les Aigles de Rome (2015 da Europa Comics, The Eagles of Rome). Batman: O Príncipe Encantado das Trevas (publicado pela DC) é o seu mais recente e mais ambicioso projeto. Ele é conhecido por ser um dos raros artistas de quadrinhos que pinta sua arte original diretamente na página. Siga-o no Instagram: @marini_art

Para comprar:

Parte 1: https://www.amazon.com.br/Batman-Príncipe-Encantado-das-Trevas/dp/8583683034

Parte 2: https://www.amazon.com.br/Batman-Príncipe-Encantado-das-Trevas/dp/8583683506

  • Capa dura: 84 páginas
  • Editora: Panini;
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 33,2 x 21,6 x 1 cm

Fabio Camatari Escrito por:

Dinheiro não traz felicidade... mas compra quadrinhos, que é quase a mesma coisa!